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Apoio psicológico para pacientes em fase terminal

Psicologia
06. setembro .2017

Apoio psicológico para pacientes em fase terminal

Ter um acompanhamento nesse sentido faz toda a diferença também para os familiares

Ser diagnosticado com uma doença que ameaça a vida não é nada fácil, por isso o acompanhamento com Cuidados Paliativos se faz tão importante nesse momento. E, ainda assim, é uma situação muito impactante emocionalmente. Isso porque esse momento pode ser visto pelo paciente como um aceno para a morte, como se ela se fizesse agora mais presente e se tornasse uma possibilidade ainda mais real, mesmo que seja a única certeza na vida de todas as pessoas.

Isso ocorre porque, de modo geral, não somos formados ao longo de nossa história para pensarmos sobre morte. “Nossas famílias nos criam, cada qual a seu modo, para estudarmos, trabalharmos, conquistarmos uma carreira, construirmos uma família, mas pouco se fala em preparar-se para o dia em que tudo isso será deixado para trás. E quando nos defrontamos com a possibilidade real de não mais estar nesse mundo, e no caso da família, não ter mais o seu ente querido presente, diversos sentimentos podem aparecer”, diz Ronny Kurashiki, psicólogo clínico do Valencis Curitiba Hospice.

TODO O TEMPO

A psicologia está inserida nos Cuidados Paliativos do início ao fim, no acolhimento do impacto emocional do diagnóstico ao acompanhamento de familiares após o falecimento do ente querido. O psicólogo escuta, acolhe, valida os sentimentos e procura proporcionar um espaço legítimo em que sejam permitidas as diferentes expressões de sentimentos e emoções advindas desses processos.

SIGNIFICADO À VIDA

Em meio a essa escuta clínica e qualificada, trabalha-se com o paciente modos de significação da experiência vivida, ou seja, maneiras que ele possa encontrar para atribuir um sentido a esse evento que é do campo do real, do campo do “está acontecendo e não está sob meu controle”. Pode surgir um sentimento de impotência por não conseguir controlar o destino de sua própria vida, vendo-se sem opções, cabendo à psicologia abrir possibilidades onde há só impossibilidades.

NÃO HÁ ASSUNTO PROIBIDO

O psicólogo ajuda o paciente a trazer a morte para o campo das palavras, falar e pensar sobre finitude, sobre as marcas que foram deixadas ou aquelas que ainda se quer deixar. É trazer o processo de morte para compor o processo de vida, como complementar a ela e não excludente.

APOIO À FAMÍLIA

É uma das diretrizes dos Cuidados Paliativos realizar o acompanhamento também dos familiares, por isso, além do tratamento psicológico durante o processo de adoecimento, o acolhimento e manejo das reações dos familiares frente ao falecimento, deve haver ainda uma continuidade após a morte. Aqui se enquadra o grupo de acolhimento ao luto, uma das possibilidades terapêuticas para cuidados com a família, acreditando-se que a partir do compartilhar de experiências é possível amenizar as vivências das perdas.

 

Fonte: Revista VIVER Curitiba

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